Consultora de gestão de custos e projetos, a Currie & Brown lança novo índice de Certeza na Construção.
Intitulado Construindo certeza em uma era de mudanças implacáveis, o relatório da Currie & Brown contou com entrevistas com 1mil tomadores de decisão globais, cada um responsável por projetos de construção com média de US$ 12,9 bilhões.
Boa parte dos entrevistados relatou perda financeira equivalente a 13,7% em seus projetos de construção no último ano, um impacto de US$ 2,1 bilhões por organização. Um em cada quatro (25%) projetos foi cancelado imediatamente devido à incerteza nos últimos 12 meses, segundo a pesquisa.
Enquanto isso, quase um terço (32%) dos projetos foram reduzidos nos últimos 12 meses e 29% foram atrasados.
Entre as principais causas da incerteza estavam a inflação dos custos dos materiais, a volatilidade dos preços da energia, a interrupção da cadeia de suprimentos e a escassez de mão de obra e habilidades.
Apenas um em cada cinco (20%) líderes de construção disseram estar “completamente confiantes” de que conseguirão manter seus projetos dentro do orçamento no clima atual.
Cerca de 61% dos líderes disseram esperar que a inflação dos custos dos materiais piore nos próximos 12 a 24 meses, enquanto 56% preveem maior instabilidade nos preços da energia.
O relatório identificou quatro áreas onde as empresas de construção podem desenvolver resiliência para se defender contra a incerteza:
- Tecnologia: Adote a tecnologia com propósito.
- Dados: priorize a qualidade, vincule-a a todos os programas e interprete-a através das lentes da experiência do mundo real.
- Pessoas: planeje as necessidades de habilidades com antecedência, use a tecnologia para melhorar a produtividade e crie parcerias de longo prazo que ajudem a garantir o acesso às pessoas certas no momento certo.
- Mentalidade: Mantenha-se ágil, adaptável e gerencie riscos proativamente.
Parte do desafio reside na forma como as empresas trabalham. Fatores externos, como aumento de custos, mudanças políticas e eventos climáticos, desempenham um papel claro. Mas questões sistêmicas são igualmente críticas. Compras desatualizadas, objetivos desalinhados e uma cultura que aceita projetos bilionários sem estudos completos continuam a gerar riscos. Se não controlados esses desafios, a disrupção só aumentará.
Fonte: Construção Latino-Americana