Em comparação com o segundo trimestre do ano anterior, o Produto Interno Bruto da construção declinou 0,2%, mas no semestre cresceu 1,8%. Os dados são do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

De acordo com Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, os números do PIB da construção confirmam a previsão de que o ritmo de crescimento do setor neste ano será menor do que havia sido previsto inicialmente. “A exemplo de outros setores da economia, a taxa de crescimento da construção está em desaceleração, em função do cenário preocupante das contas públicas e da manutenção da alta taxa de juros, que desencoraja investimentos produtivos”, explica.

Na comparação do acumulado de quatro trimestres até junho com o mesmo período imediatamente anterior, o PIB da construção se elevou em 3,6%.

O PIB das atividades imobiliárias subiu 0,3% no segundo trimestre de 2025, comparado ao primeiro. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, houve crescimento de 2,2%. Na comparação com o primeiro semestre de 2024, a elevação foi de 2,5%.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu 2,2% no segundo trimestre, em relação ao primeiro. Na comparação com o segundo trimestre de 2024, houve crescimento de 4,1%, atribuído pelo IBGE à importação de bens de capital e ao desenvolvimento de software.

No primeiro semestre, comparado ao mesmo período de 2024, a FBCF aumentou 6,6%. Na comparação do acumulado de quatro trimestres até junho com o mesmo período imediatamente anterior, o aumento foi de 8,3%.

A taxa de investimento no segundo trimestre foi de 16,8% do PIB, acima dos 16,6% do segundo trimestre de 2024. “Seguimos muito distantes de uma taxa que leve a um crescimento sustentado da economia”, comenta Zaidan.

Fonte: Sinduscon