Acredite: um operário com exoesqueleto pode levantar até 30 kg com 70% menos de esforço. E a montagem robótica de fôrmas pode reduzir o tempo de execução em até 40%.
Algumas empresas no Japão, Europa e EUA já utilizam robôs para montagem de fôrmas de túneis e painéis de pré-moldados, enquanto, no Brasil, universidades e startups iniciam projetos-piloto com exoesqueletos para construção pesada e montagem de estruturas metálicas.
Um dos setores mais impactados é o de montagem de sistemas de fôrmas, escoramentos e andaimes, atividades que tradicionalmente exigem grande esforço físico e alto nível de risco. Atualmente, robôs colaborativos e exoesqueletos assistivos começam a ser utilizados como aliados dos trabalhadores, aumentando a segurança, a produtividade e a precisão nas obras.
Nos canteiros modernos, robôs já são empregados para executar tarefas como:
- Posicionamento e fixação de painéis de fôrmas.
- Transporte autônomo de peças metálicas e escoras.
- Montagem automatizada de andaimes modulares.
- Inspeções com drones e robôs móveis para verificar o prumo e o alinhamento das estruturas.
Empresas internacionais vêm desenvolvendo braços robóticos e robôs móveis autônomos capazes de manipular painéis metálicos com precisão milimétrica, reduzindo o tempo de montagem e o número de acidentes.
O uso de sensores e câmeras 3D integrados a sistemas BIM (Building Information Modeling) permite que os robôs trabalhem com base em modelos digitais, garantindo montagem exata e rastreável.
Enquanto a robótica substitui parte das tarefas, os exoesqueletos, estruturas vestíveis que ampliam a força e reduzem o esforço físico do trabalhador, vêm ganhando espaço no apoio direto aos operários.
Existem dois principais tipos:
- Exoesqueletos passivos, que usam molas e sistemas mecânicos para redistribuir o peso.
- Exoesqueletos ativos, com motores elétricos e sensores, capazes de amplificar movimentos e suportar cargas de até 30 kg.
Na montagem de sistemas de fôrmas e escoramentos, os exoesqueletos têm se mostrado ideais para:
- Levantamento e posicionamento de painéis de alumínio e aço.
- Instalação de escoras metálicas em alturas elevadas.
- Montagem de andaimes multidirecionais, em que a sobrecarga nos ombros e lombar é significativa.
O resultado é uma redução de até 60% no esforço físico e queda nos índices de afastamento por lesões musculoesqueléticas.
Impacto da robótica e exoesqueletos
Produtividade: montagens mais rápidas e precisas, menor retrabalho.
Segurança: redução de acidentes por queda ou esforço excessivo.
Ergonomia: menor fadiga e aumento da capacidade de trabalho contínuo.
Qualidade: posições e ajustes de fôrmas com tolerância milimétrica.
Rastreabilidade: monitoramento digital do processo e das peças instaladas.
Apesar dos avanços, o uso dessas tecnologias ainda enfrenta desafios:
- Alto custo inicial de aquisição e manutenção.
- Necessidade de treinamento técnico.
- Integração entre humanos e máquinas de forma segura.
Com a tendência de industrialização da construção (Construção 4.0) e o aumento da escassez de mão de obra qualificada, no entanto, a adoção tende a crescer.
Fonte: Abrasfe/engenheiro Jefferson Silva









